sexta-feira, 20 de maio de 2011

prancheta

Prancheta

Comentando poust: http://globoesporte.globo.com/platb/tabuleiro/2011/05/18/a-origem-do-4-2-3-1/ por Eduardo Cecconi

Sempre recomendo a leitura do livro Inverting the Pyramid, do jornalista inglês Jonathan Wilson, verdadeira bíblia da evolução tática. Esta obra é referência obrigatória para se aprofundar na análise do futebol. E o último capítulo dedica-se à busca da gênese do 4-5-1 com três meias ofensivos – o 4-2-3-1 que se consagrou como tendência para as seleções da Copa do Mundo de 2010. E não encontrou.
Segundo Jonathan Wilson, a gênese do 4-2-3-1 está em algum lugar entre as Eurocopas de 1996 e 2000. Este sistema tático nasceu da simples variação do 4-4-2 em duas linhas, a partir de dois meias defensivos – o ‘doble pivote’, dois wingers muito adiantados, e um segundo atacante que recuava centralizado para receber o segundo passe.
Uma referência anterior descrita no Inverting the Pyramid é o Manchester United da temporada 1993-94. Paul Ince e Roy Keane eram os volantes, com Giggs e Kancheslskis adiantados pelos lados, e Eric Cantona recuando por trás de Mark Hughes. Contemporâneo a este time, Wilson cita o primeiro Arsenal de Arsene Wenger, com Petit e Vieira centralizados, Overmars e Parlour abertos, e Bergkamp recuando para Anelka jogar mais à frente. Duas grandes equipes.
Os espanhois creditam o 4-2-3-1 ao Real Madrid de John Toshack em 1999 – do qual não me recordo – com Geremi e Redondo; McManaman, Raúl e Baljic; e Morientes (depois Anelka), embora uma revista chamada Training Fútbol atribua esta origem ao time Cultural Leonesa, na Segundona espanhola de 1991-92.
Com tantas indefinições, parece claro que o 4-2-3-1 nasceu de um movimento coletivo, embora inconsciente, de ocupação de espaços abertos na região central da intermediária ofensiva. Recuar um atacante para puxar um zagueiro, ou então para indefinir a marcação dos volantes, parece ter sido uma constatação plural na Europa. Ou seja, um natural processo da evolução tática no futebol.
E agora, com a consolidação deste 4-2-3-1, sendo ele a principal referência tática, uma pergunta que acredito pertinente é: qual o próximo passo? O que será ‘inventado’ a seguir? Um utópico 4-6-0, envolvendo quatro jogadores de meio-campo em constante movimentação e rotação de posições, alternando quem chega à frente e quem arma conforme a circunstância da jogada, desorganizando a marcação e adotando diversas caras a cada movimento? Ou algo mais?




esquema 4 6 0 não vinga porque a presença de pelo menos um "homem de área" faz com que os zagueiros seja 2,3, ou 4 como queiram fiquem mais atentos a esse jogador, e isso é instintivo, se eu viesse a enfrentar uma equipe posicionada no 460 simplesmente jogaria ofensivo com três zagueiros sendo o central um "libero" inclusive jogando atrás dos outros dois zagueiros, numa função semelhante a que o mauro Galvão faria na seleção da copa 90, recapitulando  3 zagueiros, um mais atrás , 2 volantes direita e esquerda, dois meias centrais típicos “armadores” um ponta direita e um ponta esquerda  e um centro avante bem no estilo do meteórico L Damião.


Com os jogadores posicionados dessa forma nos remetemos ao clássico W M da década de trinta. Como eu vejo esse esquema atualmente?
Entendo que pela evolução tática que vai ocorrer os laterais perderão sua função, pois o lateral é originalmente um jogador ambíguo que faz transição entre ataque e defesa, mas tendo que ser regular em ambas funções, quando defende (sem bola) fecha a linda de defesa seja de três quatro ou cinco jogadores, e quando ataca (com a posse da bola obviamente) tem de ocupar os “espaços livres” e ter eficiência e boa técnica em jogadas pela linda de fundo (cruzamentos precisos). Já no esquema que apresento minha proposta é simples: sem a posse da bola minha equipe se posiciona defendendo com sete jogadores em duas linhas no meio que chamo de (ZM) zona morta porque posiciono meus dois volantes e dois meias armadores no miolo congestionando o meio campo, as laterais tornam se zonas “vulneráveis”.
 De posse da bola minha equipe se posiciona com cinco jogadores ofensivos, contando com a chegada de um dos volantes abrindo espaço pelo miolo (meio de campo), a “vulnerabilidade” da minha defesa pelas alas, nas entrelinhas constitui uma armadilha pois os meus pontas “teoricamente” prendem os alas ou laterais adversários. E quando o meio de campo esta congestionado os únicos jogadores adversários que tem “liberdade” para criar jogadas são os zagueiros e volantes. No meu ponto de vista o diferencial positivo de se “reciclar” esse esquema WM é que propõe uma definição tática clara os cinco W defendem e os cinco M atacam, sendo que os únicos jogadores com dubla função seriam os dois meias armadores jogam num quadrado de aproximadamente 30 metros auxiliando a marcação sem a bola, (primeiro combate) e de posse da bola tem a incumbência de “fazer jogar” o trio de ataque. OBS: nesse esquema se torna fundamental as chegadas surpresa dos volantes, pois o centro avante centralizado alem de abrir espaços também faz o papel de pivô..

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